Tecnologia

Resumo de dependência química: diagnóstico, tratamento e mais!

Um dos primeiros aspectos da mudança de comportamento a ser perceptível é negligenciar as responsabilidades, sejam elas em casa, no trabalho ou na escola, podendo fazer com que a pessoa perca oportunidades. Assim, pode ocorrer uma retirada da responsabilidade do indivíduo ao colocá-lo sob o rótulo de doente crônico. Nos adolescentes, a prevenção passa por uma boa capacidade de comunicação dentro da família, pela atenção constante a sinais de alerta, por saber ouvir e por saber dar o exemplo. Define-se como uma dependência de um “tóxico” ou droga que provoca adicionalmente perturbações psicológicas.

Crise de Abstinência de Drogas: Entenda Seus Efeitos e Tratamento

Um diagnóstico preciso é essencial para o desenvolvimento de um plano de tratamento eficaz. Lima (2008) afirma que a droga também pode ser concebida como “combustível e veículo, fonte de energia e móvel para a ação, voltadas para o lúdico, para a representação de si e do grupo a que se pertence, ao mesmo tempo em que também servem para o necessário devaneio” (p. 100). Diante de todas as consequências que o consumo de substâncias psicoativas pode causar (Hess et al., 2012; Sayago et al., 2014), esse modo de abordá-las nos parece distante da realidade clínica e social. No entanto, não podemos desconsiderar que o consumo de substâncias psicoativas tem um lugar social vinculado à obtenção de prazer, principalmente no que diz respeito às drogas lícitas. Na contemporaneidade, em que impera a lógica capitalista, há uma valorização do consumo que, muitas vezes, independe do objeto a ser consumido (Lipovetsky, 2004). Esses são apenas alguns exemplos de consumos de substâncias psicoativas que estão no nosso dia a dia e que se enquadram na proposta de Lima (2008).

O que é dependência em relação a uma substância?

Por vezes, médicos integram o corpo clínico ou se associam à organização como prestadores de serviço ou voluntários. A Cannabis é a substância mais consumida no mundo quando se fala em drogas, com cerca de 192 milhões de usuários. Os opioides, por sua vez, são usados por cerca de 58 milhões de pessoas e são apontados como os mais nocivos, sendo observado um aumento de 71% nas mortes por transtornos associados ao seu uso na última década – uma alta de 92% entre as mulheres e de 63% entre os homens. Dentre os estimulantes, a cocaína foi consumida por cerca de 19 milhões de pessoas, o ectasy, por 21 milhões e as metanfetaminas, por 27 milhões. Existem diversos sinais que podem indicar dependência, como a tratamento de dependentes químicos falta de controle sobre o uso de uma substância ou comportamento, a necessidade de aumentar a quantidade para sentir o mesmo efeito e o impacto negativo nas relações sociais e profissionais.

Assim, após desenvolver sintomas de abstinência, aquela pessoa tende a consumir a substância para aliviá-los, marcando um episódio de recaída. As clínicas de recuperação desempenham um papel fundamental no tratamento da dependência. Elas oferecem um ambiente seguro e estruturado para a desintoxicação e reabilitação, além de fornecer acesso a profissionais treinados. Durante a estadia, os pacientes recebem terapia individual e em grupo, que são essenciais para a mudança de comportamento. Se a pessoa tomar os cuidados necessários e não fizer mais o uso de substâncias, frequentar psicoterapia e grupos de ajuda, a doença pode ser muito bem controlada. Estar motivado a gerar mudanças em prol do seu bem-estar é um dos fatores que poderá fazer toda a diferença.

Além disso, outros transtornos mentais podem surgir, como depressão, Síndrome do Pânico e esquizofrenia. Substância que constitui o princípio ativo do tabaco, a nicotina está presente em cigarros e é a responsável por causar altos índices de dependência química na população. Por ser uma droga comum, facilmente adquirida, pode não apresentar muitos riscos no início. O resultado disso é que o usuário permanece sentindo o prazer da droga, por conta da contínua ativação do sistema de recompensa do cérebro. Um estudo sobre a neurobiologia e a dependência da cocaína mostrou que os níveis de dopamina no cérebro aumentam em até três vezes mais que o normal. Muitas drogas — conhecidas como psicoativas, atuam no cérebro humano e acabam por afetar a atividade mental.

A conceituação baseada nos manuais e o consumo de substâncias psicoativas como doença

Às vezes, especialistas podem recomendar grupos de apoio como Alcoólicos Anônimos ou Narcóticos Anônimos. O foco da vida do dependente muda drasticamente, passando a ser encontrado continuamente na busca para obter e consumir a substância. A pessoa não consegue interromper o uso, mesmo identificando os danos que isso causa à sua vida. Nesta fase, a pessoa começa a integrar a substância em sua rotina, usando-a com mais frequência e em situações sociais ou estressantes.

Segundo Rollnick e Miller (1995), o paciente se encaixa dentro das fases motivacionais em pré-contemplação, contemplação, determinação e ação. Devemos sempre visar que o paciente,a partir de um processo de auto reflexão, alcance o estado de ação. Para que o tratamento seja eficaz, é essencial afastar-se das desinformações e buscar atendimento médico profissional. Por ser uma doença crônica, o acompanhamento profissional constante se faz essencial, principalmente nos primeiros anos de tratamento. Além disso, ela é uma doença progressiva, ou seja, com o passar do tempo é provável que a dependência e os seus sintomas piorem.

Resumindo, é a soma de todos ou alguns desses aspectos que explicam a dependência química em um ser humano. Os aspectos psicológicos envolvem dificuldades de lidar com frustrações e resolver problemas, traumas da infância, sintomas de depressão, tristeza sem motivo, quadros de ansiedade ou qualquer outro sentimento ligado ao psicológico. Ainda, a ONU afirma que o crescimento do uso da droga no Brasil foi o principal fator para a elevação da taxa do consumo no região. A dependência emocional está relacionada à necessidade constante de aprovação e afeto de outras pessoas. Indivíduos com esse tipo de dependência tendem a colocar as necessidades dos outros acima das suas próprias, criando uma relação de desequilíbrio e sofrimento emocional.

Receba informações e novidades sobre os nossos tratamentos.

Este trabalho pode e deve ser complementado pelo tratamento médico de todas as complicações e/ou doenças que possam estar associadas ou ser causadas pela dependência de substâncias. Os fármacos são igualmente essenciais para compensar os efeitos da abstinência e permitir uma recuperação menos penosa. Significa isto que pessoas diferentes integradas em meios diferentes apresentam um maior ou menor potencial de se tornarem dependentes da mesma substância. Observa-se, também, um agravamento da deterioração psicossocial, com o isolamento do indivíduo da relação com o meio envolvente, e comorbilidades no plano psiquiátrico (SICAD, 2017). Se você ou alguém que você conhece está lutando contra a dependência, é essencial buscar assistência profissional.

Existem diversos fatores que levam uma pessoa a desenvolver um vício em uma substância, mas o principal é o mecanismo de recompensa que existe no cérebro humano. Esse mecanismo é extremamente importante para a sobrevivência humana, porém o uso abusivo das drogas pode levar a problemas nesse mecanismo. O relato sobre o uso abusivo de substâncias psicoativas está presente em toda a história da humanidade. Seu uso tem várias intenções, desde alívio para dor até realização de rituais de uma determinada cultura. Atualmente, a dependência química é considerada um problema de saúde pública, compromete a funcionalidade do indivíduo e guarda íntima relação com mortes violentas na população jovem. Ou seja, a dependência química é uma doença controlável, onde é possível viver bem sem o uso de substâncias e sem as consequências negativas que ela pode trazer para sua vida.

Existem também outros fatores, como os de risco e os de proteção, que podem aumentar as chances de manter uma pessoa afastada do desenvolvimento de uma dependência química ou então aproximá-la do uso de drogas. Por isso, é também importante avaliar o paciente em termos de fatores de risco e de proteção. Transformar a vida de quem enfrenta a dependência química é possível com tratamento adequado e apoio contínuo. Entender a gravidade dessa condição e buscar ajuda profissional são os primeiros passos essenciais para a recuperação. No Hospital Santa Mônica, oferecemos uma abordagem completa e humanizada, combinando tratamentos terapêuticos, desintoxicação, dinâmicas em grupo e mais em um ambiente seguro e acolhedor. O objetivo é promover a recuperação física e mental, ajudando os indivíduos a desenvolver habilidades para uma vida saudável e livre das drogas.

O DSM-5, que será utilizado aqui como referência, dedica um capítulo exclusivo aos transtornos relacionados ao uso de substâncias e transtornos aditivos. O exercício regular ajuda a liberar endorfinas, que melhoram o humor e reduzem os sintomas de depressão e ansiedade. Além disso, praticar esportes ou atividades físicas estruturadas pode proporcionar uma rotina saudável, distraindo os pacientes dos desejos e pensamentos relacionados ao uso de substâncias. Mesmo havendo certa imprecisão, é possível marcar algumas particularidades de cada categoria.

Geralmente, o tratamento se inicia com a redução dos danos, que é quando a pessoa não aceita ajuda inicial e então profissionais de saúde auxiliam com medidas para reduzir os problemas causados pela droga. O risco aumenta a partir dos 26 anos, sobretudo em função da grande frequência de festas com os amigos, da necessidade de reforço da masculinidade, além do consumo de drogas como automedicação para ansiedade ou depressão. Inicialmente, o uso de drogas provoca bem-estar e felicidade, o que faz com que a pessoa sinta vontade de usá-la novamente. Entretanto, o consumo repetitivo e a longo prazo dessas substâncias pode causar efeitos bastante nocivos à saúde e a vida do usuário como um todo. Os fatores de risco são aqueles que aumentam a exposição das pessoas ao uso de drogas, como a insegurança, a insatisfação com a vida, os sintomas depressivos, a curiosidade e a busca incessante pelo prazer.

Você também pode gostar...