Existe, portanto, uma correlação entre o objeto e a consciência; o primeiro só existe para a segunda . Como aponta Frascareli , “nunca existirá uma emoção, por exemplo, em si, mas uma emoção-para-um-sujeito-em-uma-situação”(p. 126). Ou seja, cada atleta tem seu modo de vivenciar sua modalidade, seus relacionamentos, suas dores.
Na Move oferecemos também um trabalho abrangente para atletas em qualquer faixa etária, sejam aqueles em recuperação de lesões ou em busca de conhecimento e melhora do desempenho esportivo. Da mesma forma, existem muitos outros espaços de atuação na psicologia do esporte para além do alto rendimento individual, que foi abordado neste trabalho. Cada um deles certamente apresentará suas especificidades, sendo importante construir material científico sobre cada uma destas possibilidades. Já Ducasse possui uma compreensão mais holística do atleta, construindo ferramentas para entendê-lo e ajudá-lo a refinar suas formas de pensar, sentir e agir em todos os aspectos de sua vida. Para o autor, as técnicas de condicionamento são limitadas e podem promover um pensamento simplista, quando na verdade “o psicológico vem do que é vivido, não de uma fórmula” (p. 36).
No Brasil a Psicologia do Esporte tem sido considerada como um ramo emergente da Psicologia, tanto em congressos científicos da Psicologia como em seus cursos de graduação. Ao se considerar a história do desenvolvimento dessa especialidade nota-se que seu surgimento é semelhante ao desenvolvimento da Psicologia Geral. Neste sentido, para compreender sua evolução faz-se necessário entender o seu conceito, o seu percurso histórico e seu estado científico atual. Mesmo assim, não são apenas psicólogos que atuam com a Psicologia do Esporte, sendo comum encontrar também profissionais da Educação Física e de outras formações trabalhando e, até mesmo, treinando mentalmente as equipes. Isso ocorre devido ao fato de as equipes técnicas não exigirem uma formação específica para esse tipo de serviço.
Vale salientar que atleta pode ser qualquer pessoa que se envolva com exercícios físicos, e a Psicologia do Esporte é disponível para todos que querem se relacionar cada vez mais com a prática. Essa área tem se tornado cada vez mais valorizada, uma vez que o desempenho e rendimento dos atletas são impactados por alguma variável que deve ser trabalhada por um profissional capacitado. Outra excelente oportunidade é trabalhar em conjunto com técnicos e dirigentes nas Comissões Técnicas esportivas. O trabalho contribui tanto para a melhora do desempenho dos times em campeonatos quanto para o desenvolvimento individual de cada praticante.
Como funciona a Psicologia esportiva?
Além disso, a faculdade pode exigir ainda o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso), mas fica a critério do aluno. Ainda durante o curso de Psicologia do Esporte, o estudante aprenderá sobre questões relacionadas à motivação, liderança, superação, bem-estar psicológico, espírito de equipe e violência relacionado ao ambiente do esporte. Essa pós-graduação está disponível em diferentes instituições de ensino superior pelo país, e tem como objetivo formar profissionais qualificados para lidar com as funções da Psicologia do Esporte. Ao escolher uma universidade, certifique-se que ela é autorizada pelo MEC (Ministério da Educação). Se tratando de que forma a Psicologia do Esporte ajuda o atleta, podemos mencionar inúmeras, como, alívio de ansiedade e tensão, melhoramento na performance, autocontrole, autoconfiança, prevenção de danos psicológicos, saúde e bem-estar psicológico, entre muitos outros. Com isso, diante da diversidade de atuações, é imprescindível que quem deseja se especializar em Psicologia do Esporte tenha um vasto conhecimento das questões que fazem parte do universo dos atletas.
Esporte Escolar
Trata-se de uma área da ciência que lida com as emoções, os comportamentos e os pensamentos que influenciam o desempenho dos atletas. Não visa analisar o indivíduo em seu cotidiano, como outras áreas da psicologia, e sim considerar as atitudes significativas ao ambiente da prática esportiva. Alguns estudos apontam que a preparação psicológica do atleta é até mais importante que a preparação física. Pesquisas mostraram que atletas menos preparados fisicamente muitas vezes conseguem superar o desempenho de esportistas talentosos, porém pouco motivados. Por isso, quanto maior a aproximação do psicólogo com a equipe técnica, mais efetivos são os resultados apresentados pelos atletas.
Da mesma forma, usar a energia vital para brigar com o sintoma pode aumentar o gasto da mesma, quando poderia ser aplicada em prol do rendimento. Mendonça descreve o ajustamento criativo como sendo a adaptação do indivíduo ao meio, mantendo sua sobrevivência e seu crescimento de forma responsável. Assim, um sintoma, visto como um fenômeno, nada mais é do que a adaptação do indivíduo à situação e ao meio em que se encontra, buscando manter-se saudável, embora nem sempre o resultado seja a saúde. Por isso, o simples movimento de ir contra este sintoma fere a autorregulação do organismo, se isolado da tentativa de compreender e ampliar as possibilidades deste indivíduo. Uma equipe interdisciplinar, de posse destas informações, poderá auxiliar o atleta em sua inteireza, porém sem tirar sua responsabilidade. O gestalt-terapeuta chama o indivíduo para a responsabilidade de sua mudança, acreditando que ele é capaz de resolver seus problemas e dificuldades, não trabalhando, por isso, com o condicionamento.
Conselho Regional de Psicologia Santa Catarina – 12ª Região
Aqueles que trabalham diretamente com esportes de competição tem uma agenda ainda mais atribulada, pois precisam acompanhar os atletas em treinamentos, viagens, disputas etc. É comum encontrar profissionais de outras áreas atuando em equipes de esporte, como, os da Educação Física, Fisioterapia, e muitos outros. Diante de toda a diversidade que esse campo possui, o psicólogo do esporte deve, ainda, durante a faculdade, se aproximar de temas que envolvem esse universo. É inegável que muitos atletas têm demandas psicológicas que podem ser minimizadas por meio do acompanhamento de um profissional qualificado. Mesmo assim, a presença do psicólogo nas Comissões Técnicas nem sempre é bem aceita e compreendida por grande parte dos treinadores.
A Psicologia do Esporte nada mais é que um ramo da Psicologia, isto é, uma especialização que contribui de forma positiva nos rendimentos e resultados de atletas. O profissional desta área é responsável por lidar com questões relacionadas à motivação, superação, bem-estar psicológico, entre outros assuntos, no ambiente do esporte e seus praticantes. Para isso, o futuro psicólogo pode se dedicar betfiery a temas na faculdade que se aproximem e que abranjam os campos de atuação da Psicologia do Esporte. Para além de entender tudo sobre Psicologia, será possível conhecer as inúmeras possibilidades de especializações, além de conhecimentos técnicos e teóricos das diferentes áreas de atuação. Esta área está intimamente relacionada à formação do sujeito, baseando-se em princípios socioeducativos.